quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A QUEDA DA MODERNIDADE

Durante muito tempo o homem foi dominado por dogmas e crenças infundadas, até que em certo ponto da história ele descobriu que se tivesse conhecimento sobre o mundo ao seu redor, não precisaria se submeter, mas pelo contrário, poderia dominar esse mundo. Assim surgiu a ciência, que associada ao prazer da descoberta e a liberdade da consciência, se propunha a resolver todos os problemas da humanidade.
Pesquisas foram feitas e realmente foram encontradas soluções para muitos problemas. Então foi “inventada” com Platão a objetividade. A partir daí, para se fazer ciência era necessário que o cientista se despisse de toda sua carga cultural, seus conceitos sobre moral, vida, etc., assim seria possível chegar à verdade absoluta sobre as coisas. Na modernidade essa objetividade acabou trazendo sérios problemas para a sociedade. A ciência achou que deveria se desprender de tudo o que era concernente ao homem esquecendo-se que para ele, ela é feita e o homem por sua vez, desligou-se de si pensando que a ciência era a essência da vida. Aquilo que vira para libertar, começou a escravizar, a consciência foi novamente cerceada, ninguém poderia pensar diferente daquilo que a ciência estabelecera, o valor das coisas passou a ser medido pela comprovação laboratorial.
A prepotência ideológico-científica fez que até erros terríveis fossem tidos como verdades universais e no âmbito da religião também foram esquecidas as experiências empíricas e pessoais substituídas por rígidas tradição, doutrina e estruturas eclesiásticas. Nietzsche fez uma veemente crítica a isto, pois acreditava que a sistematização do sagrado prejudicava a plenitude da fé. Diante da exposição de suas idéias, principalmente depois da declaração da morte de Deus em um de seus textos, a metafísica começou a perder suas forças.
A sociedade descobrindo a frustração científica percebe então que a ciência não é uma instituição independente e que esta deve ser pautada nos valores absolutos humanos, a pesquisa deve ser séria, mas o homem deve ser levado em conta no seu desenvolvimento.
Nessa perspectiva entramos numa nova fase da história que tenta superar a modernidade e todos seus atributos metafísicos para colocar o mundo numa posição sustentável para a humanidade.

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